A DS PRIVATE, mediadora imobiliária para o segmento luxo do GRUPO DS sediado em Vila Nova de Gaia, quer encerrar o ano com uma rede de 40 lojas e colocar um ponto final na expansão no país. “Queremos fechar a exposição nacional até ao fim de 2024. Com 40 lojas cobrimos o território”, adianta Adriano Nogueira, diretor da marca. Este plano implica duplicar o número de lojas.
A DS PRIVATE tem atualmente 20 espaços em funcionamento, mas já está prevista a abertura de mais seis unidades nas próximas semanas.
Mediadora com posicionamento premium estuda internacionalização para os Emirados Árabes Unidos e Singapura.
Segundo Adriano Nogueira, o plano de expansão da rede tem em conta as grandes cidades, com foco no litoral ocidental e sul. No Grande Porto, o espaço está praticamente coberto, mas na Área Metropolitana de Lisboa há ainda oportunidades. O responsável não tem dúvidas de que “é fundamental estar em Cascais, Oeiras e Sintra”. O modelo de crescimento assenta no regime de franchising.
Como adianta, são necessários cerca de 40 mil euros para abrir uma loja, valor que engloba direitos de entrada e adaptação do espaço aos critérios e imagem da marca. Cada unidade integra cerca de 12 profissionais, entre consultores imobiliários e gestores de crédito e seguros.
O modelo de negócio da DS PRIVATE, que se estreou no mercado em novembro de 2020, está centrado no valor acrescentado. Como descreve o responsável, os clientes são recebidos num ambiente exclusivo, onde o consultor imobiliário dá nota dos imóveis à venda, mas também dos vários serviços que têm ao dispor: intermediação de crédito, seguros, mediação de obras e de construção.
Apesar da procura estar muito dinamizada pelos nacionais, a marca olha com atenção para os investidores internacionais. Para estes clientes, oferece apoio no processo de integração no país e legalização no espaço Schengen, e disponibiliza viaturas para aluguer de curta duração. A loja “não é só para comprar casa”, sublinha Adriano Nogueira.
A DS PRIVATE está preparada para vender terrenos e apoiar o comprador a construir o seu imóvel. Segundo Adriano Nogueira, a marca tem uma rede de parceiros, entre arquitetos, engenheiros e construtores, que lhe permite responder a esse intento. Tem inclusive acordos com empresas para construir habitação em alvenaria (construção tradicional), em madeira e noutras soluções alternativas. E dá o exemplo do CLT (Cross Laminated Timber ou madeira laminada cruzada, em português), um método que garante uma casa chave na mão num prazo de seis meses, após obtenção da licença camarária. Como frisa, “vendemos o terreno, acompanhamos o projeto de arquitetura, o processo de licenciamento, a construção, fazemos a intermediação de crédito e dos seguros”.
Salto para o exterior
Neste momento, a atenção de Adriano Nogueira está direcionada para a concretização do projeto de expansão em território nacional. A DS PRIVATE tem atualmente três mil imóveis para venda, mas com o crescimento projetado estima encerrar o ano com uma carteira próxima dos 10 mil. O valor médio de angariação está nos 466 mil euros. O gestor lembra que a marca é muito jovem, “ainda está em fase de lançamento”. Por isso, escusou-se a revelar os indicadores de vendas em 2023. No entanto, admitiu que a atividade de mediação imobiliária apresentou um crescimento homólogo de 178% entre janeiro e abril. Já a intermediação de crédito disparou 281% no mesmo período.
Apesar do cliente nacional se destacar no movimento da DS PRIVATE, há também compradores internacionais a bater à porta das lojas da marca. São essencialmente norte-americanos, alemães, franceses e espanhóis. “O imóvel premium é cada vez mais um fato à medida” e é este fato que muitos investidores estrangeiros procuram, diz Adriano Nogueira. “A personalização do imóvel é cada vez mais importante e a DS Private tem resposta a esses requisitos”, sublinha.
A experiência no desenvolvimento deste negócio em Portugal e a conjugação de serviços oferecidos leva o gestor a considerar que a DS PRIVATE tem espaço nos mercados internacionais. “Quando terminarmos a expansão da rede em Portugal, vamos colocar em marcha o desenvolvimento da marca noutros países”, revela. Emirados Árabes Unidos e Singapura são os mercados para onde está a olhar.
in dinheirovivo
18 de Maio 2024
